Com
dois fins de semanas seguidos indo para uma boate, da cidade, afirmo com toda a
certeza do infinito que: não vou mais. Calma leitor, não me desagradou, não foi
ruim, não foi chato. FOI MARAVILHOSO, mas o bolso chora. As juntas do meu corpo
doem, meus olhos sangram de tristeza VENDO VOCÊ BEIJAR OUTRAS BOCAS™.
Um
furacão de acontecimentos para organizar dentro de um único texto. Vamos lá! Primeiro,
há apenas uma boate na cidade. Se você aparece dois fins de semana seguidos...
As gays viram para você e perguntam “MULHER, TU SÓ VIVE AQUI É?” e você quase
enfarta com a pergunta porque SÓ ESTEVE – EM TODA A SUA VIDA NO PLANETA TERRA –
TRÊS VEZES EM UMA BOATE. Outra coisa é que as três vezes eu fui OBRIGADA. Porque
o amigo gay queria ir para pegar alguém que estava cobiçando. E DENTRO DESSAS
IDAS ELE NÃO PEGOU NENHUM. Não se preocupem, já passei a minha faixa de miss
trouxa para ele.
Não,
eu não gosto de boates. Me desculpa, mas eu só fui obrigada mesmo. E porque é
boate para as gays. E festa com as gays... NOSSASINHORA. TUDO DE MARAVILHOSO.
Sim, eu uso “as gays”. Se acostuma. Outro fator é que os amigos estariam lá. A
CIRANDA™. Para quem é praticante
de paraquedismo e caiu neste blog/texto sem querer... A ciranda é composta por
vários amigos praticantes do amor ao próximo, principalmente ao semelhante, e
que usam o Grindr. Traduzindo: tudo gay. E como são muitos, dá para um segurar
na mão do outro e fazer uma ciranda.
Deslocamos-nos para a boate e nada de
“NOSSAAAAAAAAAAA” no início da noite, mas quando começou a lotar um pouco...
Ferveu. Um amigo estava de bem com a vida, desacompanhado e do nada chega um
cara e gruda nele. GRUDOU MEIXMO. GRUDOU MUITO. Passaram a noite praticamente
casados, MAS AÍ MEUZAMIGOS... SEMPRE TEM UMA GAY DESTRUÍDORA DE LARES, NÉ?
Chegou uma gay que dizem ser “cobiçada” pela cidade e acabou o casamento do meu
amigo com o carrapato humano. Fiquei preocupada porque o cara se desgrudou e
foi “atacar” a gay cobiçada. LITERALMENTE VENDO VOCÊ BEIJAR OUTRAS BOCAS™.
Acontece. Sou especialista neste patamar, mas o melhor foi ver o cara chorando
pela gay cobiçada. Fiquei paralisada, quase indo abraçar a gay chorona e
dizendo “eu te entendo, miga”. MAS EU ESTAVA 50% ÓDIO E 50% TREMEDEIRA DELE POR
DEIXAR MEU AMIGO SEGURANDO UMA TORTA DE CLIMÃO.
O que eu fiz? O que qualquer pessoa normal faz.
Criei uma história com bonecas narrando a situação. Bem básica. Vista só por
dois milhões de pessoas. Só isso. Demos gostosas gargalhadas. E eu pensei
“pronto, não preciso mais aparecer na boate. Só ano que vem agora”. Coitada de
mim porque O MEU AMIGO QUE ME OBRIGA A SER CASAMENTEIRA começa arrastar asa
para um cara lindo. LINDO MEIXMO. Bati o pé que não ia, mas aí uma amiga sai
espalhando que vai comemorar o aniversário na boate e vai travestida (e ela é
mulher, viu?)... Eu tinha que presenciar. Fui. Mais uma vez suei, fiquei
arrasada porque os meninos que eu queria na minha lista de “metas” estavam se
agarrando com outros homens... EU NÃO SEI COMO AINDA FICO INCONFORMADA E
SURPRESA POR VER OS HOMENS QUE EU QUERIA DANÇANDO ATÉ O CHÃO AO TOCAR BEYONCÉ.
O bom da noite são os diálogos. E ver que as
músicas de Kings Of Leon não foram remixadas. Bem, há algumas pessoas que me
conhecem por causa deste blog e as postagens “engraçadas” nas redes sociais. Eu
tento passar por despercebida. Eu juro. O meu objetivo de vida não se resume a
ficar rica ou conhecida pela internet. A rede mundial de computadores é apenas
uma plataforma para impulsionar o que gosto de fazer. ESCREVER. ESCREVER PARA
PROPORCIONAR GOSTOSAS GARGALHADAS. E chororô, porque a vida não é uma novela
que garante o final feliz. E ao explicar isso a você, leitor, eu repito o que
ouvi na boate. “VOCÊ NÃO TEM DESTAQUE NA CIDADE.” Ao contrário de um amiga, não sou e nem quero ser "famosa, famosíssima".
Gente, a minha cidade já tem uma Ivete Sangalo.
Eu não quero ser Ivete Sangalo. Nem posso. DEUS ME LIVRE DE DESTAQUE NA CIDADE.
Não tenho psicológico para sair fazendo a “vereadora” para as pessoas. Não
tenho psicológico para ver ex-colegas do ensino médio fazendo o simpático
comigo. EU NEM TENHO PSICOLÓGICO. Deixe-me aqui, quietinha. Gritando no blog e
quem sabe folheando um livro com meu nome.