Maria
Júlia Coutinho, ou mais conhecida como Maju Coutinho, é jornalista e
apresentadora. Recebo Maju todos os dias na minha casa ao assistir, o principal
telejornal brasileiro, o Jornal Nacional da Rede Globo. Quanta simpatia ao
apresentar o clima nas principais cidades do País! Taís Araújo é atriz, também,
da TV Globo. Cresci assistindo a atriz em diversas novelas e muitas vezes em
horário nobre. Já torci por um final feliz para as mocinhas que a atriz
interpretou.
O
que a jornalista e a atriz possuem em comum? A pele negra? A beleza? A
visibilidade? O sucesso? O cabelo Black Power?
Gostaria que esses fossem os únicos fatos em comum, mas não é. Em setembro Maju
foi vítima de comentários racistas na internet. Alvo de pessoas preconceituosas
e que acham que a sociedade brasileira é 90% branca, cabelos loiros escorridos e
com olhos claros. Será que estudaram história ou acham que estão em outro país?
Se o padrão de beleza que eles procuram no Brasil forem este, para eles, eu
tenho uma má notícia!
No
início de novembro, a atriz Taís Araújo foi hostilizada com comentários racistas ao atualizar a foto do seu perfil no facebook. Em um intervalo de quase três
meses, duas pessoas públicas foram discriminadas por sua cor e cabelo. Como
ousam dizer que não há racismo no Brasil? Como ousam dizer que é vitimismo?
Todos os dias o negro é vítima de preconceito na entrevista de emprego, no trabalho,
na escola, na moda, ao ser confundido como bandido porque estava segurando a
mão de uma mulher branca, ao ver que apenas crianças brancas são adotadas e até
mesmo ao ver que a Barbie negra é mais barata que a loira. Somos negros. Somos mulatos.
Descendentes de índios. Somos a mais bela mistura, temos cabelos lindos,
sorrisos convidativos e temos o olhar que carrega a esperança de que um dia
reconheçam que a cor da pele e opção sexual não importa e não faz a diferença.
Ao
ver internautas em defesa de Maju e Taís Araújo, acredito que estamos em
progresso. Um progresso lento, mas significativo em comparação aos séculos passados.
E espero que o respeito à igualdade torne-se um vírus e contamine toda a nossa
sociedade para que nunca mais precisemos ouvir o eco do racismo.
gostei, eu tambem abordei o tema no meu blogger se puder de uma passadinha la
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