21 junho 2015

O que acontece em uma festa open bar gay?

Tudo, menos eu casada com Adam Levine. Para falar sobre essa festa voltarei aos primórdios. O BIG BANG. Tudo começou em uma festa de aniversário da minha amiga. A mesma que me levou para um show de regaee, fazendo com que eu levasse o maior fora da minha vida e me fazendo escrever o texto FranjaSolta.

Bem, eu estava deprimida e entregue às trevas do meu quarto. Tinha desativado a minha conta no facebook, baixei uns filmes e músicas com o tema “tristeza” para sofrer mais um pouco. PORQUE ESTAVA POUCO O SOFRIMENTO. O motivo? Um bocado. Você quer em ordem alfabética ou cronológica? Vamos começar pelo: DESEMPREGO. Agora passamos por: SOLIDÃO. Pegaremos um jatinho para a próxima causa: FACULDADE. Chegaremos em: CARÊNCIA. Pronto! Este foi o Tour da Depressão feat. Drama. Só queria dormir até o ano acabar, mas não... Uma das minhas melhores amigas tinha que fazer aniversário com direito a vinho, salgados, bolo, dois cachorros lindos (que um dia eu vou sequestrar), alguns amigos da faculdade que amodoro (amar mais adorar), Ciranda de Viados e interromper o meu tour. Como eu devo uma vida, o mundo e o fundo a ela... Levantei da cama, me vesti de preto (luto por deixar minha cama) e fui.

Durante o trajeto até a casa dela eu só pensava em fazer que a festa fosse a melhor levando meu bom humor. Nem precisei, fizeram a festa pra mim. Porque sempre que coloco o pé na casa dela é como se eu estivesse carregando a bateria do meu corpo e mente. E ontem fez um ano que conheci a minha Ciranda de Viados, porque foi no aniversário dela que os conheci. Às vezes eu fico contra o universo de graça e ele só quer conspirar ao meu favor sem pressa. Lá, na casa da minha amiga, eu dei gostosas gargalhadas, tirei mil selfies e fiz backing vocal repetindo a última frase das músicas. Essa festa me salvou e quando a festa acabou... A aniversariante vira para mim e “vamos para uma festa open bar gay? Tenho que comemorar mais e eu pago”. Eu disse vamos, porque nunca tinha ido para uma festa open bar. Sério. O local eu conheço desde criança porque o clube era da empresa onde meu pai trabalhava  e meu tio era presidente. Nos domingos, quando criança, eu adorava ir para tomar banho de piscina e voltar com o cabelo mais duro que rapadura por causa do cloro.

A festa open bar não estava cheia, havia alguns amigos meus e vodca. Como diz minha amiga, “senti umas vibrações sádicas” (quando uma lésbica está te querendo, ela adotou da série Orange Is the New Black) para o meu lado. Virei para os amigos e perguntei onde estavam os héteros. Deram uma risada maléfica e me senti em um filme que todo mundo conhece e adora: PROCURANDO HÉTEROS. Eu e o barman éramos os únicos héteros da festa. Ele é gato, mas a aliança no dedo parecia soltar laser cada vez que ele fazia um drink para mim. O casamento dele deve ser lindo... Queria participar. GENTE, MENTIRA. O que me impressionou era “as gay” dançando mais (e melhor) que eu. E me senti velha porque às vezes tocava umas músicas que eu não conhecia... Umas cantoras loucas... E eu esperando tocar umas coisas que eu soubesse a letra e o nome da cantora... AÍ TOCOU BRITNEY. 



Dancei um pouco e como estava de salto, o sapato começou a crucificar meu pé e fui sentar no banheiro (parece uma sauna). Estava fugindo de umas lésbicas que pegaram no meu cabelo e fizeram com que eu jurasse que não voltava mais. "EM NOME DE JESUS, ME SALVA DEUS." Eu sou tão inteligente que fui sentar no território do inimigo: o banheiro feminino. Lá eu vi uma menina chorando e mandando áudio para alguém e dizendo “não me deixe. Véi eu to aqui pra você...”. Uma DR via áudio. Apareceu outra quase desmaiando carregada pelo amigo que a colocou sentada, mas ela ficava como boneco de posto e eu só julgando como a família tradicional brasileira. Ela parecia ser menor e o melhor era as respostas que ela dava ao amigo. “Tô de boa.”

MINHA FILHA, SE VOCÊ "TAVA DE BOA" NAQUELA SITUAÇÃO DE QUERER DEITAR NO CHÃO... Imaginem quando ela não estiver de boa.

Um comentário: