Tudo,
menos eu casada com Adam Levine. Para falar sobre essa festa voltarei aos primórdios.
O BIG BANG. Tudo começou em uma festa de aniversário da minha amiga. A mesma
que me levou para um show de regaee, fazendo com que eu levasse o maior fora da
minha vida e me fazendo escrever o texto FranjaSolta.
Bem,
eu estava deprimida e entregue às trevas do meu quarto. Tinha desativado a
minha conta no facebook, baixei uns filmes e músicas com o tema “tristeza” para
sofrer mais um pouco. PORQUE ESTAVA POUCO O SOFRIMENTO. O motivo? Um bocado. Você
quer em ordem alfabética ou cronológica? Vamos começar pelo: DESEMPREGO. Agora passamos
por: SOLIDÃO. Pegaremos um jatinho para a próxima causa: FACULDADE. Chegaremos em:
CARÊNCIA. Pronto! Este foi o Tour da
Depressão feat. Drama. Só queria dormir até o ano acabar, mas não... Uma
das minhas melhores amigas tinha que fazer aniversário com direito a vinho,
salgados, bolo, dois cachorros lindos (que um dia eu vou sequestrar), alguns
amigos da faculdade que amodoro (amar mais adorar), Ciranda de Viados™ e interromper o meu tour. Como eu devo
uma vida, o mundo e o fundo a ela... Levantei da cama, me vesti de preto (luto
por deixar minha cama) e fui.
Durante
o trajeto até a casa dela eu só pensava em fazer que a festa fosse a
melhor levando meu bom humor. Nem precisei, fizeram a festa pra mim. Porque
sempre que coloco o pé na casa dela é como se eu estivesse carregando a bateria
do meu corpo e mente. E ontem fez um ano que conheci a minha Ciranda de Viados™, porque foi no aniversário dela que os conheci.
Às vezes eu fico contra o universo de graça e ele só quer conspirar ao meu
favor sem pressa. Lá, na casa da minha amiga, eu dei gostosas gargalhadas,
tirei mil selfies e fiz backing vocal repetindo a última frase das músicas. Essa festa me salvou
e quando a festa acabou... A aniversariante vira para mim e “vamos para uma
festa open bar gay? Tenho que comemorar mais e eu pago”. Eu disse vamos, porque
nunca tinha ido para uma festa open bar. Sério. O local eu conheço desde
criança porque o clube era da empresa onde meu pai trabalhava e meu tio era presidente. Nos domingos,
quando criança, eu adorava ir para tomar banho de piscina e voltar com o cabelo
mais duro que rapadura por causa do cloro.
A festa open bar não estava cheia, havia alguns amigos
meus e vodca. Como diz minha amiga, “senti umas vibrações sádicas” (quando uma
lésbica está te querendo, ela adotou da série Orange Is the New Black) para o meu lado. Virei para os amigos e perguntei
onde estavam os héteros. Deram uma risada maléfica e me senti em um filme que
todo mundo conhece e adora: PROCURANDO HÉTEROS. Eu e o barman éramos os únicos
héteros da festa. Ele é gato, mas a aliança no dedo parecia soltar laser cada
vez que ele fazia um drink para mim. O casamento dele deve ser lindo... Queria
participar. GENTE, MENTIRA. O que me impressionou era “as gay” dançando mais (e
melhor) que eu. E me senti velha porque às vezes tocava umas músicas que eu não
conhecia... Umas cantoras loucas... E eu esperando tocar umas coisas que eu
soubesse a letra e o nome da cantora... AÍ TOCOU BRITNEY.
Dancei um pouco e como estava de salto, o sapato começou a crucificar meu pé e fui sentar no banheiro (parece uma sauna). Estava fugindo de umas lésbicas que pegaram no meu cabelo e fizeram com que eu jurasse que não voltava mais. "EM NOME DE JESUS, ME SALVA DEUS." Eu sou tão inteligente que fui sentar no território do inimigo: o banheiro feminino. Lá eu vi uma
menina chorando e mandando áudio para alguém e dizendo “não me deixe. Véi eu to
aqui pra você...”. Uma DR via áudio. Apareceu outra quase desmaiando carregada
pelo amigo que a colocou sentada, mas ela ficava como boneco de posto e eu só
julgando como a família tradicional brasileira. Ela parecia ser menor e o
melhor era as respostas que ela dava ao amigo. “Tô de boa.”
MINHA FILHA, SE
VOCÊ "TAVA DE BOA" NAQUELA SITUAÇÃO DE QUERER DEITAR NO CHÃO... Imaginem quando
ela não estiver de boa.
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