Vivo
diante de vários questionamentos. Às vezes úteis, sem repercussão ou algo que
não precise ser desconstruído por especialistas e pesquisadores. Ao pintar as
minhas unhas de vermelho “paixão” me vi questionando a história do esmalte.
“Como
surgiu? De onde veio? Como vivem? O que comem?” Hoje, no Toda Linda de
Valentino. Nunca me interessei em pesquisar algo que uso e abuso constantemente.
Algo que demonstra a minha vaidade e cuidado, algo que possa entregar a nossa
personalidade. Como pude Esquecer-me do esmalte? Bem, nunca é tarde para fazer
o jogo virar. Dei uma breve pesquisada e descobri que o primeiro esmalte surgiu
na china 3000 a.C., uma mistura entre cera de abelha, clara de ovo e goma-arábica
(???). Faltaram alguns vaga-lumes, uma penteadeira, uma câmera Tekpix, um fio
de cabelo de uma ruiva virgem...
O
esmalte tinha um papel importante em algumas dinastias a.C. porque indicava a
posição social das mulheres e dos homens. O verniz de unha vermelho e preto
indicava quem pertencia à realeza. No Egito Cleópatra utilizava o vermelho rubi.
O esmalte que conhecemos hoje foi feito em 1925 e era transparente (base). Só
em 1932 o esmalte ganhou cores brilhantes pelos irmãos, químicos, Charles e
Joseph Revson (OBRIGADA POR ISSO). E desde então, pintar as unhas é uma
banalidade. Muitos não percebem a importância do líquido que enfeita nossas
mãos e pés. Talvez eu tenha desenvolvido um olhar mais clínico para escrever
sobre, mas a verdade é que, em tempos de preconceito e intolerância, ainda há
quem diga que pintar as unhas de vermelho é coisa de “puta”. Assim como o batom
vermelho, o short curto, o decote, o esmalte faz o seu papel para combater o
machismo de mentes requintadas de burrices. USA ESMALTE VERMELHO SIM! Você é da
realeza, só não possui um império.
O
esmalte ajuda na entrevista de emprego por demonstrar o cuidado que as mulheres
possuem com as próprias unhas e também pode ajudar a passar vergonha. Como
assim passar vergonha? SIMPLES, pintei as unhas dos pés de vermelho e passei
mal por causa de anemia, colocaram uma sapatilha nos meus pés e me levaram ao
hospital. Quando o médico pediu para que me internassem... Ele tirou a minha
bolsa e A SAPATILHA. Ficou olhando para os meus pés achando que era sangue e só
depois percebeu que era esmalte borrado, juntando meus dedos... FOI LINDO? FOI.
ELE RIU? SIM, ELE RIU. ELE ERA GATO? ERA. EU FIQUEI BEM TRISTE? FIQUEI.
O
importante é que fiquei bem – traumatizada – e tudo deu certo. Deu tão certo
que não pinto mais as unhas dos pés. Tiro a cutícula, passo uma base e só.
Passar essa vergonha já foi riscado do meu caderninho “as vergonhas que passei”.
Sigo em frente porque tem mais vergonha para acontecer.
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