15 agosto 2015

Em busca


O que procura? Emprego? Fé? Amor? Independência? A busca por algo ou alguém faz parte da nossa jornada e, às vezes, só nos resta esperar porque não temos o controle de tudo. Não está em nossas mãos, não depende só de mim e de você. A vida é feita de esperas.

É válido ir até um ambiente calmo e refletir sobre o que você realmente precisa. A minha urgência era ajudar os meus pais financeiramente e mostrar que eu posso dar o meu melhor. Eu acabei me sufocando com as esperas, com as respostas que não chegavam ou ligações que não aconteciam. Estagnei. Parei de me culpar e me preocupar. Parei de pensar que os meus colegas – que recebiam a proposta de uma entrevista – eram melhores que eu. Eu faço vocês darem gostosas gargalhadas e eles não. Arrancar o sorriso de uma pessoa é melhor que puxar o tapete de quem precisa dele. E foi pensando assim que acalentei meu coração e disse a mainha que iria comprar uma casa para ela em outro bairro. Um dia.

O meu celular tocou ao som de “Lanterna dos Afogados” na voz da eterna Cássia Eller. A música, que coloquei como toque, tem dois trechos que fazem parte de mim, a Calincka que sente mais do que deveria e se preocupa. As frases que são como mantras: “uma noite longa pra uma vida curta, mas já não me importa. Basta poder te ajudar” e “eu tô te esperando, vê se não vai demorar”. Eu posso dizer que o celular tocou e uma porta se abriu. Não foi Moisés que dividiu o Mar Vermelho para que eu pudesse atravessar TODA LINDA DE VALENTINO. A calma no coração, aceitação e a crença abriram todos os oceanos para a minha passagem (tropeçando mesmo com sapatilha... e em planos sem obstáculos). E então veio a ansiedade de mostrar que eu posso dar conta, que eu posso contribuir com o meu melhor. A ansiedade me bloqueou como em uma jogada de vôlei que foi 7x1 para a insegurança, para o medo de apresentar um texto. E então ouvi “você está aqui para aprender e eu vou aprender com você”, mais uma porta se abriu. Se você deixar que o medo e a insegurança te dominem... Será uma eterna Copa de 2014, será um eterno tchau que não era pra você, um eterno Vendo Você Beijar Outras Bocas. Tem que se amar, tem que amar o que escreve, tem que esquecer o que a professora disse ao ler seu texto, tem que lembrar que há alguém no mundo que te admira, lembrar do painho e da mainha que acreditam todos os dias em você, esquecer que as pessoas te valorizam só se você tiver um livro publicado ou ganhar 10 no TCC.


Estava conversando com um ser e ele perguntou se eu namorava, depois de responder que estava solteira ele fez a seguinte pergunta “não tem homem na sua cidade?”. Olha, tem homem sim. Tem homem interessante, bonitos, simpáticos e sedutores. E entendi que em vez de estar buscando alguém, eu estou atrás de quem quero ser, estou indo segurar a mão do amor próprio. E foi pensando assim que saí do aplicativo TINDER e espero esbarrar com alguém em um corredor da vida (para deixar minhas apostilas da faculdade caírem e ser ajudada trocando olhares. Como acontece nos filmes). 

Eu tô te esperando!

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