-
Por tudo.
Eu
te desculpo por não estar presente quando precisei. Desculpe-me por isso
também. Eu te desculpo por não agir como eu esperava E PRECISAVA. Você só foi
você. Eu te desculpo pelas palavras
ditas e as ocultadas.
Desculpo-te
por me fazer acreditar em algo. Desculpo-te por ter partido, mentido, tornado
invisível e negligenciar carinho. Desculpo-te
pelas brigas, desculpe-me pelas cobranças. Proteja-se. Siga. Não fique. Não
olhe pra mim porque eu te desculpo. Eu te desculpo por você ser racional,
realista e fraco. Desculpe-me por ser fraca. Eu fui. No passado. Eu te desculpo
por sorrir para outras pessoas e guardar o mau humor para mim. Desculpe-me por
ter guardado a tristeza para você.
Eu
te desculpo por todos os planos que adiei, te desculpo porque me anulei, e hoje
vejo que algumas palavras até rimam. Anulei. Amei. Cansei. É. Cansei de colocar
a culpa em algo que não respira, mas querido eu te desculpo e me desculpo. A
culpa foi nossa. Foi. Já foi e não é mais.
Perdoa-me por ser humana, emocional e por tornar qualquer coisa em um
grande espetáculo enquanto você não entrava na cena esperada. A cena em que
você não desistia. De nós. De mim. Dos Planos. Eu te desculpo por isso.
Perdoa-me,
mas eu desatei o nó. O nós. Naufraguei, voltei sem água no pulmão, sem frio. Eu
voltei pra mim mesma. E eu nem sabia que o “mim” existia. Estranho para uma
índia, né? Eu voltei porque cansei de tossir para preencher o silêncio que você
deixou. Tossir me consumiu. DESCULPE-ME. Eu não vou ficar. Pode ir também. Vá.
Não olhe pra mim. Estarei olhando para a estrada. A minha estrada.
Você
não consegue dizer “eu te amo” e eu
não vou ficar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário