-
Estávamos falando sobre você. Você é uma guerreira!
Eles
te elogiam, apontam para o seu desenho, textos, livros, sorriso ou olhos.
Apontam e falam “lindos”. O elogio é
para você, sim. E é como se estivéssemos assistindo uma cena da nossa série
preferida ou filme. Somos telespectadores quando deveríamos ser os
protagonistas.
A
sensação do “não é comigo” acontece quando deixamos as críticas morarem e
tomarem chá na nossa casa, sentadas na nossa sala e servindo-se livremente. Depois
de tantas surras dadas pela vida, se conformar com a negatividade e o
pessimismo são normais. É compreensível, mas continua sendo errado. O
pessimismo é um bloqueio, é mais fácil aceitar algo que dê errado porque na sua
mente sempre dará errado. Dói menos não ter expectativas. Nesse labirinto da
negatividade... Acabamos nos perdendo da fé, da verdade, da bondade e da
autoestima. Ao ouvir um elogio, a mente
faz o papel de antivírus e coloca em quarentena o “você é linda(o)”, “você
escreve bem”, “você me faz bem”, “você é uma guerreira”. No final, a mente de
um pessimista surrado distorce para “é, mentira. Eu não mereço elogios”.
O
pessimismo parece um câncer que vai mutilando cada pensamento bom que você já
teve. E quanto mais demora, a saber, o diagnóstico, maior é a perda de
sentimentos bons, das alegrias, da tão linda esperança. Normalmente, alguém tem que sentar na sua
frente, olhando nos seus olhos e dizer pausadamente “PARE DE NEGAR. PARE DE
ACHAR QUE NÃO PODE. PARE DE DESEJAR E DESISTIR POR MEDO”. Não é fácil refletir
sobre a distorção que a mente de um pessimista faz das palavras ditas e ele não
faz de propósito! Não percebe porque o bloqueio é consigo, é de fora pra
dentro, é o “eu não mereço. EU não mereço” que foi imposto em algum momento
para ele e que foi inalado. O mais complicado é quando comprometemos outras
pessoas, tomando decisões negativas que afetam um grupo, uma família, uma
história. Quando vai ver... Já disse “não”, já foi embora da festa antes do
show começar, já excluiu o texto sem mostrá-lo, já virou o rosto para não
receber o beijo, calou-se diante da pergunta pensando na réplica. Quando vai
ver... Não há mais cores, música, amigos e paz. Parou no mal-me-quer. Parou no
“não posso”, “não vou conseguir”.
Há
duas soluções para que a negatividade não deixe tantas feridas ou jogue a
âncora no mar da sua alma: fazer do elogio um hábito como escovar os dentes e
aceitá-los. Os elogios não são dados de graça, muitas vezes são regrados.
Quando dados, eles são verdadeiros e espontâneos. Você os mereceu.
Enfeitar
pessoas de elogios faz bem, para quem recebe e para quem dá. É simples, não
paga, não magoa e te dará frutos... Mesmo sendo um “obrigado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário