08 janeiro 2015

Mães

- Mainha, essa roupa ficou boa?
- Ei, você está linda!

Altas, baixas, magras, gordas, adolescentes, adultas, idosas, bonitas, normais e fascinantes, lutadoras, trabalhadoras e mães.  Quando observamos uma mãe, em seu todo e tudo, é perceptível o quanto se perde ao ignorá-las, ao ofendê-las, machucar com palavras ditas em momentos de raiva e fazer algo que elas pediram para não fazer por “pura intuição”.

A verdade é que as mães ganham poderes inexplicáveis ao conceber a vida. Sim, tornam-se intuitivas, protetoras, mais humanas, crescem a cada dia desde o momento em que seguraram pela primeira vez você nos braços. O cordão umbilical ainda existe, ele foi cortado apenas fisicamente e permanece invisível aos olhos de outros. Sua mãe é tudo o que você tem e terá. E a entenderá quando segurar o seu mundo, pela primeira vez, nos braços. A mãe verdadeira não é aquela que abandona um recém nascido em sacolas ou latas de lixo. A mãe de verdade ama você no seu melhor e no pior também. Ela continua de pé a cada flagelação da vida. A cada corte, cada soco e ossos quebrados.  Ela fica de pé por sua causa, por minha causa.  E se alguém te derrubar... Mesmo com nariz sangrando e mãos cortadas, ela vai te erguer.

Algumas perderam filhos e continuam pelos os outros que ficaram. Fazem tudo no automático, mas se você parar e perceber... Verá que há a comida que você gosta na geladeira, a blusa que você jogou no chão do quarto dobrada em cima da cama, um recado na porta do seu quarto para você não se esquecer de desligar os eletrônicos ao sair e dinheiro caso você precise. As mães nunca dormem de verdade e nunca, nunca desligam o celular.  Elas vagam pela casa preocupadas até o filho chegar de uma festa, e se o filho chegar mais bêbado que assíduos em festa Open Bar... Elas banham e o coloca para dormir.  Algumas perdem a identidade e vivem somente para o ser que saiu dela, essas são as mães mais tristes e as mais corajosas porque se anulam. Por amor. Outras mães não se anulam, são divertidas e sentem-se adolescentes ao lado dos filhos.

As mães também podem errar e ser conduzidas pelos filhos até o que é “certo”. Lembrar que as mães foram criadas em uma época diferente, longe da tecnologia, da liberdade de expressão, do casamento por amor, das campanhas contra homofobia é muito importante atentar-se a isso. Porque mães também sonham, sonham alto e querem os filhos no topo do mundo. Muitas vezes não é o que queremos e aí acontece a mágoa familiar e interna, mas mãe é mãe. Cabe a nós fazê-las entender o que nos faz feliz.

Ensine a sua mãe a não se culpar por cada erro seu, pois a cada choro com soluços que elas presenciam dos filhos é como se tivessem elas mesmas causado todo o sofrimento (na mente delas). Elas tomam nossas dores, nossas raivas, odeiam o que a gente odeia, ama o que a gente ama e se preocupam com o que nos preocupamos. Mães são anjos na terra, que podemos ver, crer e abraçar.


Elas prevêem quando algo está errado e te imploram para não sair. Elas seguem seus passos mesmo que você esteja do outro lado do mundo e o seu nome nunca é esquecido em suas orações, mesmo depois da morte. Você existe e sempre existirá para a sua mãe. O cordão umbilical estará sempre lá, intocado, firme, invisível, eterno.

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