14 janeiro 2015

Não Me Arrependo

- Os caminhos certos podem ser os mais errados e é por isso que escolhi fazer o meu próprio caminho.

Está quente e o sol incomoda a sua pele, sua visão e quando olha ao redor em busca de sombra... O céu fica nublado.  As primeiras gotas caem em sua blusa, você coloca a garrafa com água que estava segurando dentro da bolsa, desliga o celular e o guarda também. As gotas agora não são ternas, nem brandas, são furiosas.  E você não se arrepende por ter saído de casa. Eu não me arrependeria.

É mais fácil pensar no que se arrepende de ter feito ou dito? Já fez uma lista? Se culpa por algo? Faça a lista sobre o que não se arrepende e não se culpe. É possível pensar que poderia ter feito ou dito algo de outra forma, mas isso mudaria as rotas, os caminhos, as trilhas, o mapa da sua vida. Em algum momento você tem que admitir que errar lhe fez experiente, que falar demais o(a) fez escutar mais, que andar com as pessoas “erradas” o(a) ensinou a escolher melhor em quem confiar e manter por perto. Pense bem.  Você não se arrepende, não mais. Escolhas são feitas a cada segundo, certas ou erradas, sim ou não, esquerda ou direita, correr ou ficar, amar ou se afastar.

Escolhas são as únicas coisas que temos controle. Sim, o resultado delas “fica por conta da casa”, de Deus, do universo, do destino... Em quem e no que você acreditar, mas tenha a certeza que elas nos ensinam, nos tornam forte o suficiente para ajudar outras pessoas. Eu poderia estar apresentando o meu Trabalho de Conclusão de Curso essa semana, mas eu escolhi amar. E não me arrependo. Sei que a cada momento somos testados, que o mundo como está não ajuda, que o próprio ser humano não ajuda. Há A Corrente do Bem está passando de mim para você nesse momento.  Sim, você lembra do filme.  Quantas pessoas podemos ajudar fazendo com que elas façam o mesmo?  Infinitas.

Como diz Herbert Vianna “há dias de prazer e dias ruins. Já não sou mais como era antes...”, e ao perceber que não era um dia de prazer... Escolhi respeitar meu choro, meu próprio abraço e essa escolha me fez voltar aliviada e forte como alguém que guarda olhares determinados. Recebi uma notícia boa. Eu ajudei alguém. A mãe pediu para me agradecer e eu não sabia se era real porque fui do chão ao céu em questão de segundos. Fui útil. Importante.

Quando percebemos que somos donos do nó no laço, das escolhas e que podemos ser úteis... Não há tristeza que persista. Sai até no banho. Ajude alguém e verá.       

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