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Obrigada de coração.
Agradecer
nunca é demais. Vivemos em um mundo em que a gentileza está em extinção e
pessoas que se propõem a ajudar quase não existem. Perder a chance de agradecer
é pior que perder a roupa favorita: você terá outras roupas, mas e se não tiver
outra oportunidade de agradecer por uma gentileza que fizeram com você?
Agradecer
não vai quebrar sua coluna e nem te deixar tetraplégico, eu falo com
propriedade que sobrevivi ao dizer “obrigada”. Até hoje não apareceu nenhuma
espinha com a cara da Gretchen nascendo por meu corpo. Às vezes um
“obrigado(a)” pode salvar um dia, arrancar um sorriso torto e charmoso, fazer
com que alguém sinta-se útil... E quando a gente se sente útil o mundo torna-se
um lugar melhor, mais tragável, suportável. Ser grato(a) por tudo, até por uma
formiga. Eu sei que é difícil ser grata, eu sei que o agradecimento sai fraco
porque não estamos mais costumados com gentilezas. Estamos acostumados com a
violência e falta de educação. As gentilezas acontecem em livros e filmes
porque os diretores e autores também pensam como eu, como nós. A gentileza não
é mais rotina e virou personagem fictícia. Infelizmente.
Hoje
eu recebi uma mensagem pedindo o seguinte: “não pare de escrever”. Não irei,
mas essa foi a gentileza do meu domingo. Não tenho noção de como as pessoas
recebem meus textos. Nunca me qualifiquei como boa e tenho certeza que não sou.
A gente vive aprendendo a escrever. Talvez não seja a ortografia, talvez seja o
que nunca é dito... E eu digo. Não sei o que se passa dentro das pessoas, mas
não é diferente do que se passa em mim. Então eu escrevo, antes escondido e
agora gritado. Eu me doei, não me empresto para as palavras e sentimentos. Não
quero que eles me devolvam. E isso só aconteceu porque eu recebi gentileza e
agradeci. Se me perguntarem quais são as minhas palavras preferidas eu diria
“muito obrigada”. Agradeça e fique atento(a), a gentileza está por aí... Mas é
preciso ver com o coração.
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