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Nossa, estava louca para ler esse livro!!!! ME EMPRESTA?
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Não.
É
com muito alívio que eu posso dizer: NÃO TENHO AVAREZA. Não sou apegada a bens
materiais, mas emprestar roupas eu não recomendo. Adoro ler e tenho muito
cuidado com aquilo que me pertence, mas mesmo assim empresto livros, CDS,
mágoas...
Aprendi
no berço a ser desapegada, na verdade... Aprendi com meu painho. Mainha faz
escândalo por duas coisas: a barata voando e me ver usando uma blusa dela sem
permissão. Meu pai é tranqüilo, deixa-me usar uma blusa dele para dormir, o
perfume e até mesmo o travesseiro (o travesseiro dele é tão moderno que só
falta falar para te acordar). Praticamente quando algo do “closet” (usando essa
palavra para agregar valor ao texto) de Mainha some... Está escondida entre as
minhas coisas. O pior é que estou ficando sem desculpas para justificar como a
pulseira dela foi parar nas minhas coisas, a desculpa de que tem um espírito
querendo me acusar não cola mais...
Eu
só não empresto namorado e roupa, mas ao emprestar algo quero que tenham a
consideração de ter um cuidado especial. É o que todos esperam. O dinheiro ajuda, é necessário e também
destrói e corrompe pessoas boas . Filhos matam pais pela herança, pai mata
filho para ele não ter acesso ao patrimônio que a ex-mulher tinha... O dinheiro
para mim não passa de uma ótima ajuda para a independência, para viagens e
trazer uma vida serena e confortável para Calincko (meu primogênito vai se
chamar Calincko e se reclamar eu mando colocar Calincko Calinckitico na
certidão) e meus pais. Não preciso de muito para ser feliz e acho que ninguém
precisa, mas nem todo mundo pensa assim.
O poder vem em primeiro lugar na mente das
pessoas enquanto assistimos de braços cruzados crianças passando fome e mães
decidindo se pagam a conta de luz para não ficar no escuro ou se compram comida
para os filhos não passarem fome. Vejo tanta gente importante e com tanto
dinheiro sem abraçar causas, sem ajudar ONG’S ou pessoas carentes. É tão
complicado doar um pouco do que se tem na conta? Mata? Não mata, mas,
aparentemente, envergonha.
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