Eu poderia esconder meu mundo, meus amores, minhas dificuldades e
felicidades. O problema de ser verdadeira e humana é que somos livros abertos,
ficção ou baseado em fatos reais. A gente sempre deixa escapar um “estou feliz”
e um “não te suporto”.
Não há mal algum em ser assim. Na verdade, há sim. Perdemos os que
se diziam amigos na primeira resposta do “essa blusa é mais feia do que eu
acordando”, perdemos o emprego na hora da entrevista quando falamos “fazer tudo
isso por 700 reais?” e por fim acabamos com o relacionamento quando dizemos “eu
te amo” cedo demais ou “não estou agüentando, você me entedia e ainda não
transa bem”.
Conquistamos os melhores com a honestidade e afastamos os piores
quando falamos a verdade. Eu sou feita de contradições, amo tarde e odeio cedo
demais. Aos poucos eu aprendi a segurar a honestidade e a verdade para o bem da
convivência e da humanidade. Você que está lendo, jamais saberá se estarei
falando a verdade para você. A não ser se for meu amigo(a). Essa preocupação
aconteceu depois de sucessivos acontecimentos que me fizeram viver no mundo,
controlada pela mania de perguntar “posso ser sincera?”. Não, NÃO POSSO
MAIS. E olha que maravilha, até agora
ninguém se suicidou porque ando guardando a verdade para a hora que for lavar a
louça. Esfregando com raiva a esponja no prato, areando com ódio a panela... A
verdade que deveria sair distribuindo se dissolve e sai com a água em que uso
para lavar os pratos. E posso respirar tranquila sem a necessidade de destruir
uma família, um relacionamento, uma amizade e ou uma autoestima.
Apenas acene, arrume os seio no sutiã e quando quiser dar opinião
sobre algo em que você sabe que virará confusão ou algo que seja relacionado a
sua felicidade... GUARDA E REPETE COMIGO: que
boa ideia este casamento primaveril empleno outono.
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