Sou uma
contadora de história, sei prender a sua atenção com palavras e gestos. Sei que
conquistei você com o título desse texto e aposto que você irá até o final (se
não for é muito rebelde e aposto que todos gostariam de andar com você no
recreio).
Toda história
tem que ser no mínimo interessante e envolvente. Não tenho medo de ler em voz
alta meus textos carregados de sarcasmos, escorrendo ironias e enfatizando
piadas. Como todo contador de histórias, andamos na corda bamba do que é real e
do que é ficção. Nas minhas redes sociais você tem duas opções: rir porque
entendeu a ironia ou reclamar achando que eu desempenharia um papel de babaca
sem ser paga. Sim, o radar de ironia está danificado. E quando ele quebra,
menina Calincka tem que arrumar a franja enquanto as fúrias nos comentários
bagunçam seus cabelos.
Dá para sentir o
hálito da pessoa nervosa com uma postagem. Dá para vê-lo balançando a cabeça
discordando. Eu só sorrio, e no momento estou sorrindo porque gostaria de
definir essas pessoas com uma palavra, mas estou refletindo que eu deveria me
candidatar a vereadora porque as pessoas acreditam em mim, acreditam nas minhas
promessas e nas minhas maiores armas: a escrita e histórias. Ou eu realmente
tenho esses poderes? Droga, não fui escalada para o elenco de X-men. Ou as pessoas não sabem mais o significado de
ironia?
“Deus, me leva
porque o refrigerante acabou antes da comida.” E aí te respondem com “NÃO USAR
O NOME DE DEUS EM VÃO.” Sim, pausa dramática. E agora? Toca a música de fundo
Psicose e eu respondo com uma pergunta: MAS PODE FAZER LIVROS, CDS, BOLSAS, CAMISAS
EM NOME DE DEUS? Xeque-mate! acabo de roubar sua rainha e encurralar seu rei
com minha torre e meu cavalo. Caro leitor, pare de ler o livro “O Segredo” e
faça um curso online de como perceber se é ironia para não passar vergonha e
lanchar sozinho no recreio.
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